É frequente encontar pela net fotografias que, por alguma razão, me apaixonam e guardo-as sempre, para o caso de vir a precisar. A verdade é que o Facebook e este blogue acabam por ser espaços onde posso dar algum uso a essas fotografias que me vão cativando e, portanto, faz-me todo o sentido não as perder de vista...
Como é óbvio, uma boa foto poderia, por si só, justificar uma publicação aqui, mas a fotografia em questão andava até meio esquecidinha na pasta onde vou acumulando espólio fotográfico que não é da minha autoria e, apesar de interessante, não me parecia ter conteúdo suficiente para ser divulgada.
No entanto, hoje, no momento em que li o poema «Namorados de Lisboa», de Natália Correia, publicado num perfil a propósito dos 90 anos do nascimento da poeta que detestava ser chamada de poetisa, a última estrofe fez-me de imediato pensar na foto dos dois jovens e uma bicicleta que guardara, e não hesitei em ir buscá-la. É certo que não se trata de Lisboa, mas há, nesta foto, um cativante ênfase nos DOIS e na ideia de LIBERDADE, que o cenário isolado e a estrada imprimem.
E aqui têm: uma foto do Google, de autor anónimo, associada a uma estrofe de Natália Correia no aniversário do seu nascimento. Parece-me perfeito.
E aqui têm: uma foto do Google, de autor anónimo, associada a uma estrofe de Natália Correia no aniversário do seu nascimento. Parece-me perfeito.
«da liberdade de sermos dois
a máquina de fazer púrpura
que em todas as coisas fermenta
seu tácito sumo de uva.»
a máquina de fazer púrpura
que em todas as coisas fermenta
seu tácito sumo de uva.»
(Natália Correia, «Namorados Lisboetas», in «O Vinho e a Lira». A foto é de Google.)

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