Eu adoro a revista «Courrier Internacional». Aliás, gosto tanto que me tornei assinante há já uns aninhos. Não sei quanto pago por ano (disseram-me que era uma pechincha e eu acreditei!), mas não tem qualquer importância, porque vale sempre a pena ler cada um dos textos que a compõem. Mesmo quando, em certas alturas do ano, por motivos profissionais, deparo-me com duas ou três revistas ainda por ler, acabo sempre por concluir que é um ótimo investimento recebê-las mensalmente e fazer a sua leitura sempre que possível. A verdade é que pôr em dia a leitura das «Courrier Internacional» em atraso nunca me desanima, é sempre um prazer e uma descoberta. E isto porque o conteúdo da maioria dos textos não perde validade, a tradução é de qualidade, assim como a escrita, as temáticas são muito pertinentes e apresentadas de modo apelativo, as fotografias que acompanham esses mesmos textos são adequadíssimas e cativantes. Mesmo que leve algum tempo (por falta dele), leio cada revista de fio a pavio e sinto sempre que aprendi uma série de coisas novas ou que aprofundei determinado assunto que outros meios de comunicação apenas tinham aflorado.
Na revista deste querido mês de agosto, gostei especialmente do artigo de Mariana Lafont, traduzido por Aida Macedo e intitulado «Viagem ao teto do mundo». Tibete, pois. A reportagem de quatro páginas, com fotografias inspiradas e inspiradoras, captou a minha atenção por diversos motivos, sendo digna de ser lida na íntegra, todavia, chamou-me a atenção, em especial, a referência às «bandeiras de oração» (Lung Ta), cuja existência eu desconhecia e me pareceram de uma grande beleza e de um enorme valor religioso, espiritual, humano. Daí o destaque que aqui faço.
Pelo que li, encontramo-las espalhadas por todo o Tibete, em miradouros, estradas e telhados. Para além de serem coloridas, brilhantes e pitorescas, estas bandeiras estão carregadas de significado para os tibetanos, razões que justificam o facto de os turistas que visitam o país não resistirem a fotografá-las e, quem sabe, a tentar decifrá-las...
(Fotografia de Google)
Na revista deste querido mês de agosto, gostei especialmente do artigo de Mariana Lafont, traduzido por Aida Macedo e intitulado «Viagem ao teto do mundo». Tibete, pois. A reportagem de quatro páginas, com fotografias inspiradas e inspiradoras, captou a minha atenção por diversos motivos, sendo digna de ser lida na íntegra, todavia, chamou-me a atenção, em especial, a referência às «bandeiras de oração» (Lung Ta), cuja existência eu desconhecia e me pareceram de uma grande beleza e de um enorme valor religioso, espiritual, humano. Daí o destaque que aqui faço.
Pelo que li, encontramo-las espalhadas por todo o Tibete, em miradouros, estradas e telhados. Para além de serem coloridas, brilhantes e pitorescas, estas bandeiras estão carregadas de significado para os tibetanos, razões que justificam o facto de os turistas que visitam o país não resistirem a fotografá-las e, quem sabe, a tentar decifrá-las...
(Fotografia de Google)
«A sua origem remonta ao Bön (crença pré-budista), cujos seguidores penduravam galhardetes de proteção brancos, amarelos, vermelhos, azuis e verdes, representando os cinco elementos. Os budistas adotaram-nos e agregaram-lhes mantras e ícones próprios. Pendurando-as bem alto, o vento purifica-as e espalha os seus desejos e bênçãos. Por sua vez, o sol, o vento e a chuva desgastam-nas, recordando-nos que tudo é temporário: por isso as mudam no Ano Novo Tibetano, no final de fevereiro, para começar um novo ciclo.» (Mariana Lafont, p. 80)

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