«A essência do amor» é o título português para este «To the wonder», de Terence Malick, realizador de «A árvore da vida». Quem já conhece sabe que os filmes de Malick são essencialmente poéticos, não narram linearmente uma história, mas, sem dúvida, fazem-nos senti-la. Os diálogos são raros, privilegiando a voz off, como se, mais do que o que as personagens dizem, importe saber o que elas sentem, o que elas pensam, enquanto narradoras da sua própria história. E é esta a sensação que temos ao longo dos filmes de Malick, de que estamos dentro das personagens, a seguir as suas emoções, os seus pensamentos mais íntimos. E, depois, a música, sempre a música, e a constante coreografia que parece marcar a maioria dos movimentos das personagens. E também a manhã, sempre a amanhecer, o pôr do sol, sempre a anoitecer, e as árvores sem folhas... A natureza também é poetizada.
E são estes os ingredientes do realizador: a poesia, porque cada frase dita podia ser o verso de um poema, a música, que completa o ambiente lírico, a dança e a fotografia, já que cada plano é feito para emoldurar. Os outros três ingredientes são o Amor, Deus e o Sofrimento, essência do SER humano. Se em «Tree of life», falava-se do sofrimento decorrente da morte de um filho e questionava-se Deus à conta de permitir que tal fosse possível, neste «To the Wonder», volta-se a questionar Deus pelo facto de o amor poder morrer, o amor entre um homem e uma mulher que casaram e deparam-se com o declínio da relação, o amor de um padre que, diante do sofrimento e da desgraça dos outros, que nele se apoiam, sente que o seu amor se vai esgotando. O amor que ele pensava provir de uma fonte inesgotável... a divina. Se a mulher culpa o homem pelo fim do amor, o padre culpa Deus pelo facto de a realidade humana não espelhar o divino e ele não conseguir encontrar Deus em parte nenhuma.
Mas há uma frase (entre outras) que me ficou e, se calhar, sintetiza a essência do amor: «Quero manter o teu nome.». Se puderem, vejam.
E são estes os ingredientes do realizador: a poesia, porque cada frase dita podia ser o verso de um poema, a música, que completa o ambiente lírico, a dança e a fotografia, já que cada plano é feito para emoldurar. Os outros três ingredientes são o Amor, Deus e o Sofrimento, essência do SER humano. Se em «Tree of life», falava-se do sofrimento decorrente da morte de um filho e questionava-se Deus à conta de permitir que tal fosse possível, neste «To the Wonder», volta-se a questionar Deus pelo facto de o amor poder morrer, o amor entre um homem e uma mulher que casaram e deparam-se com o declínio da relação, o amor de um padre que, diante do sofrimento e da desgraça dos outros, que nele se apoiam, sente que o seu amor se vai esgotando. O amor que ele pensava provir de uma fonte inesgotável... a divina. Se a mulher culpa o homem pelo fim do amor, o padre culpa Deus pelo facto de a realidade humana não espelhar o divino e ele não conseguir encontrar Deus em parte nenhuma.
Mas há uma frase (entre outras) que me ficou e, se calhar, sintetiza a essência do amor: «Quero manter o teu nome.». Se puderem, vejam.

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