Que cada um de nós tenha a saúde, a sorte, a sabedoria, a determinação e a criatividade (que, nos tempos que correm, é cada vez mais necessária!!!) para escrever um 2014 memorável!!! Até lá!!!
«Não, não sou eu que esgoto o tempo, é ele que se perde dentro de mim. Não sou eu que recordo os sítios, são eles os únicos a realmente subsistir e reviver – não é a memória, afinal, a aprendizagem do invisível? (Marcello Duarte Mathias, «No Devagar Depressa dos Tempos»)
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
Das minhas leituras
Os últimos três livros que li tinham em comum a questão do TEMPO...
... na sua relação intrínseca com a conceção humana da vida.
... na sua relação intrínseca com a conceção humana da vida.
... na inevitável relação que estabelece com «a grande música», com a(s) memória(s) e com a essência humana.
... como um caminho de crescimento e de mudança. Crescimento e mudança de uma cidade e das duas pessoas que, nela, se conheceram e amaram, reinventando-a, através da pintura, da arte. Um reinvenção feita à medida do olhar desse homem e dessa mulher e do sentimento que, durante quatro anos, os manteve unidos.
quarta-feira, 25 de dezembro de 2013
domingo, 22 de dezembro de 2013
Das minhas leituras
Eu ainda não li nenhum romance de António Lobo Antunes. Ainda não li nenhum daqueles livros que, pelo que ouço, justificam que este escritor luso já tivesse sido, ou venha a ser, um prémio Nobel. No entanto, gosto dele. Gosto pelas crónicas que escreve semanalmente na revista Visão e, acima de tudo, pelas entrevistas que vai dando, ora na televisão ora em revistas ou jornais, e onde sempre me surpreende pela positiva. A verdade é que se aprende tanto, ouvindo-o. Na Visão desta semana, tive mais uma oportunidade de ler uma entrevista sua, bem longa e rica também. Totalmente recomendável. Claro que há variadas passagens que podiam ser alvo de uma publicação aqui ou no facebook, mas decidi destacar uma que me fez lembrar algo de que se falou, há pouquíssimo tempo, num jantar de amigas e que tem a ver com a minha preocupação relativamente às poucas coisas que, até agora, fiz na vida. Uma vida muito simples, provavelmente, resumível numa frase. E já lá vão 39 anos de quase nada. Trata-se de um excerto em que Lobo Antunes recorda um encontro com George Steiner. E reza assim:
«Passei uma tarde maravilhosa, foi tão bom, um prazer intenso, ele tinha em casa o piano do Darwin e cartas do Freud para o pai... Em Harvard, o gabinete dele ficava ao pé do de um grande físico, um homem de grande beleza, com um cachimbo, e que toda a gente tentava imitar os gestos e tal. Uma vez, Steiner ouvi-o a dar uma descompostura a um outro físico: «Como é que você que é tão novo ainda fez tão pouco?». Como é que você que é tão novo ainda fez tão pouco... É extraordinário.»
Isto fez-me sorrir e franzir o sobrolho também. De certo modo, é um pouquito duro de ouvir, mas, ao mesmo tempo, é apenas uma verdade de que não se pode fugir. Não se é jovem demais para se fazer coisas. É na juventude que se acumula o que, na velhice, será encarado como toda a experiência de uma vida plenamente vivida. E se deixamos o tempo passar, à velocidade que ele vai, fica difícil aproveitá-lo bem.
Estranhezas (das boas)
Chegou ontem, mas ainda não deu ares da sua graça... Obrigada, inverno. Mantém-te assim, meigo e terno, que, prometo, não me vai apetecer deixar-te ir...
(A foto foi tirada da página facebookiana «O Tempo das Palavras».)
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
Sonoridades
A música portuguesa vai bem e recomenda-se. Proponho para o dia de hoje, este “Pior que perder”, que é o 2º single do segundo álbum de Adriana, "O Que Tinha de Ser", onde predomina um interessante cruzamento de vários géneros, como o Jazz, a Pop e os sons latinos.
quarta-feira, 18 de dezembro de 2013
É daquelas frases
É daquelas frases, não é?
Do filme «Hiroshima, meu amor» (1959), de Alain Resnais, argumento da autoria de Marguerite Duras. Está na minha lista de filmes intemporais a ver.
domingo, 15 de dezembro de 2013
Sonoridades
A proposta de banda sonora é esta: «Only love», de Ben Howard. Não condiz minimamente com o inverno nem com o Natal, pelo contrário, faz-me lembrar de dias quentes, cheios de azul e de sol. A melodia traz-me de volta o saudoso verão, e o vídeo leva-me de volta à Nova Iorque que eu encontrei no longínquo, e quase feliz, mês de maio de 2011. Uma Nova Iorque repleta de sol e do azul que, muitas vezes, dissociamos da grande cidade. Mas eu vi-o por lá, apesar do «smog». E, por isso, de vez em quando, sabe mesmo bem ouvir/ver isto...
sábado, 14 de dezembro de 2013
Estranhezas (ou não)
Eu adoro «Downton Abbey». Acho que já não seria a mesma coisa se chegasse ao fim de semana e não tivesse de pôr em dia os episódios gravados da série. Adoro os diálogos, os cenários, o guarda-roupa, os atores, o argumento. É tudo de grande qualidade. No entanto, ultimamente, começo a notar um problemazito que as séries, sejam americanas, sejam inglesas, começam a ter: à medida que as novas temporadas vão surgindo, a qualidade do argumento vai diminuindo e começam a fazer aquilo que o público quer, para agradar e manter as audiências em alta, justificando e garantindo as temporadas que se seguirão. Isto aconteceu com «Anatomia de Grey», «Betty Feia», «Glee», séries que me proporcionaram uma primeira temporada e, nalguns casos, até uma segunda temporada fabulosas, mas, a partir daí, foi o declínio (a tragédia do previsível e do popular!), de tal modo que, simplesmente, deixei de ver. (Isto nunca aconteceu, por exemplo, com «E.R. - Serviço de Urgência»!) É verdade que não sigo muitas séries e que o meu «corpus» é, portanto, pouco significativo no mar de séries que a TV emite, mas acho que não pode ser irrelevante o facto de isto ter acontecido com estas três e agora me parecer que se vai aplicar a «Downton». Espero que seja apenas uma impressão e que os autores me surpreendam pela positiva, continuando a escrever com qualidade e sem preocupação de agradar às audiências... Era bom, para variar. No entanto, se a coisa continuar pelo caminho que vai, sugiro vivamente uma mudança de título para «Doidos por Mary»... (Até, se calhar, poderiam acrescentar «her ladyship», para o pessoal mais distraído não confundir com a outra...)
(Imagem de Google)
É daquelas frases
Dentro de mim, há a esperança (que acalento de há uns anitos para cá!) de que os 40 trazer-me-ão a sabedoria e a maturidade necessárias para pôr em prática todas as posturas «zen» que por aí pululam em quadradinhos como este... O problema é que falta pouco mais de um mês e ainda não senti nem uma brisazinha da mudança colossal que (espero!) se avizinha...
(Imagem roubada da página facebookiana «Make The World a Better Place».)
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Sonoridades
Quando é que este virtuoso pianista português é convidado para vir ao Teatro Micaelense deliciar-nos com esta sua versão de «A Gaivota», de Amália Rodrigues? Quando? Hmmm. Cultivo a esperança de um 2014 insuflado de promissores ventos culturais que varrerão as bandas da Rua de São João... e o primeiro concerto de Júlio Resende em Ponta Delgada será um facto. Vejam lá se não valerá a pena.
Sozinho...
Acompanhado pela interessante Elisa Rodrigues (que já cá esteve, com Rodrigo Leão!)...
Acompanhado pela sensualíssima e dona de um invejável vozeirão, Ana Moura...
domingo, 8 de dezembro de 2013
Cinema
Ganhei coragem e fui ver «The Counselor»... (A coragem foi necessária para pagar o bilhete e não para ver o filme!)
Para dizer a verdade, as expetativas eram bem baixinhas, à conta das inúmeras críticas negativas que fui lendo. Por isso, não me dececionei minimamente. Pelo contrário, até saí com a pequena sensação de que não empregara muito mal os quase sete euros e que até valera a pena. Vamos então a uma reflexãozinha!!
Que não é muito consistente, não o é realmente. Que peca por diálogos demasiado elaborados, literários e ambíguos, tendo em conta o meio em que as personagens se movem, concordo. Que há alguma incoerência no argumento, parece-me que sim, e a vários níveis. Que o Javier Bardem lembra um barrote queimado e tem um péssimo penteado, é também inquestionável. No entanto, há uma certa originalidade nisto tudo que o distingue de outros filmes sobre o mais que batido tema dos cartéis de droga na América do Sul. E, por isso mesmo, não me aborreceu de morte como a maioria dos outros. Não tem demasiadas cenas de tiros e de perseguições, nem prostitutas boazinhas e exploradas por chulos toxicodependentes e maus, nem aqueles diálogos intermináveis entre broncos paus-mandados e polícias à paisana e infiltrados. O filme, a meu ver, doseia bem todos estes ingredientes e agarra-nos, porque as personagens até são interessantes, apesar de muito pouco verosimilhantes. Para além disso, o facto de toda a trama se focar no advogado (que de conselheiro nada tem!!!), na sua determinação e confiança, na sua ascensão e queda, nos seus conflitos interiores, na sua paixão pela lindíssima Laura (Penélope Cruz). Neste filme, o que se vê sobretudo é um homem ambicioso e confiante (mas tremendamente amador no que respeito ao tráfico de droga) a aprender a duras penas que, naquele meio, só saem vitoriosas as pessoas sem alma, pois as consequências de um passo em falso são dolorosamente inimagináveis. E o pior é que, nessa queda, nunca se vai sozinho, outras pessoas vão atrás. O advogado aprende assim que os seres amados são os elos mais fracos num mundo onde a vida não tem qualquer valor, se comparada com o dinheiro.
Para dizer a verdade, as expetativas eram bem baixinhas, à conta das inúmeras críticas negativas que fui lendo. Por isso, não me dececionei minimamente. Pelo contrário, até saí com a pequena sensação de que não empregara muito mal os quase sete euros e que até valera a pena. Vamos então a uma reflexãozinha!!
Que não é muito consistente, não o é realmente. Que peca por diálogos demasiado elaborados, literários e ambíguos, tendo em conta o meio em que as personagens se movem, concordo. Que há alguma incoerência no argumento, parece-me que sim, e a vários níveis. Que o Javier Bardem lembra um barrote queimado e tem um péssimo penteado, é também inquestionável. No entanto, há uma certa originalidade nisto tudo que o distingue de outros filmes sobre o mais que batido tema dos cartéis de droga na América do Sul. E, por isso mesmo, não me aborreceu de morte como a maioria dos outros. Não tem demasiadas cenas de tiros e de perseguições, nem prostitutas boazinhas e exploradas por chulos toxicodependentes e maus, nem aqueles diálogos intermináveis entre broncos paus-mandados e polícias à paisana e infiltrados. O filme, a meu ver, doseia bem todos estes ingredientes e agarra-nos, porque as personagens até são interessantes, apesar de muito pouco verosimilhantes. Para além disso, o facto de toda a trama se focar no advogado (que de conselheiro nada tem!!!), na sua determinação e confiança, na sua ascensão e queda, nos seus conflitos interiores, na sua paixão pela lindíssima Laura (Penélope Cruz). Neste filme, o que se vê sobretudo é um homem ambicioso e confiante (mas tremendamente amador no que respeito ao tráfico de droga) a aprender a duras penas que, naquele meio, só saem vitoriosas as pessoas sem alma, pois as consequências de um passo em falso são dolorosamente inimagináveis. E o pior é que, nessa queda, nunca se vai sozinho, outras pessoas vão atrás. O advogado aprende assim que os seres amados são os elos mais fracos num mundo onde a vida não tem qualquer valor, se comparada com o dinheiro.
Foram muitas as frases interessantes que tentei fixar. Ficou esta, que pode parecer um pouco vulgar, mas, depois de visionado o filme, se calhar, ganha outra pujança semântica...
«Nada é melhor do que estar na cama contigo. Tudo o resto é uma espera.»
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